A necessidade de perdoar
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terça-feira, 27 de maio de 2014
Quando nos deparamos com a necessidade de perdoar alguém, somos convidados a abrir mão de características pessoais em prol de algo maior, mas, por que isto? Mateus, no capítulo 18, versículos de 21 a 35, narra que Pedro questiona a Jesus sobre quantas vezes devemos perdoar e cristo não somente diz o quanto devemos perdoar, mas também nos ensina o porquê do perdão, logo, convido que leiam em suas bíblias a passagem destaca acima deste texto. Neste trecho, percebemos duas dimensões de perdão, uma na esfera humana e outra na esfera divina, mas para compreender a esfera humana devemos, antes de tudo, entender o perdão divino. Na parábola contada por cristo, ele nos diz sobre um rei que convocou os seus servos para acertar as contas, neste momento, um dos servos que fora chamado, viu que sua família pagaria pelas dividas que adquirirá perante o rei, logo que soube isto, o servo se prostrou diante do senhor e pediu um prazo para saldar a dívida, neste momento o rei se sentiu comovido e perdoou o servo.
Este exemplo demonstra o perdão de Deus para conosco, haja vista que a divida do servo era de 10.000 talentos, ou seja, cerca de 350 toneladas de ouro e prata, logo, mesmo que aquele servo trabalha-se por toda vida, nunca saldaria o débito, mas mesmo assim, fora perdoado. Assim é o amor do nosso pai, não conseguimos saldar o débito dos pecados que cometemos ao longo da vida, pois ora estamos cansados do serviço, ora estamos errantes e assim caminhamos na fé, mas mesmo assim, quando nos prostramos verdadeiramente diante de Deus, ele nos perdoa plenamente, independentemente do quão grande seja a nossa dívida/pecado.
Por outro lado, no final da narrativa percebemos que este servo, após receber o perdão, teve a oportunidade de reproduzir a misericórdia do rei para com o semelhante, entretanto este cobrou de maneira enérgica o seu saldo, mesmo sendo infinitamente menor que o seu que fora perdoado e isto magoou o rei.
Aqui surge a essência humana do perdão, pois, temos que ter a certeza que antes de qualquer coisa, o perdão beneficia a quem o oferece, isto porque se trazemos conosco a situação que nos chateia, isto nos consome diariamente de modo que vez ou outra somos incomodados por tais pensamentos.
A paz de espírito ou, o momento de tranqüilidade da alma, necessita do perdão, pois alivia tanto quem o oferece quanto àquele que recebe.
Entendido estas dimensões podemos perceber que o perdão humano é expressão do espírito de Deus que habita em nós, pois como no final do texto em análise, o perdão que oferecemos é extensão do perdão que recebemos de Deus. Lembremos aqui da oração do Pai Nosso, onde afirmamos que pedimos ao Pai para nos perdoar assim como perdoamos os nosso semelhantes (Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido), logo, assumimos um compromisso que, para recebermos o perdão de Deus, devemos antes de mais nada, perdoar aqueles que nos ofenderam.
PENSE NISSO.
Lucas Ribeiro Fernandes Maia